sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Chamados a Servir



Sentia que a resposta era não, mas por que o Senhor não queria que eu servisse em uma missão? Será que eu não seria uma boa missionária?
Estava sentada dentro do templo esperando para fazer batismos pelos mortos, e orei. Tinha 20 anos e queria saber: Deveria servir em uma missão de tempo integral? Sentia que a resposta era não, mas queria perguntar pela última vez.
Subitamente estremeci toda, como se me tivessem jogado um balde de água fria. Não foi a resposta que senti. Nenhuma missão para mim.
Embora soubesse que não se esperava que as moças fossem para a missão como os rapazes, fiquei confusa. Por que o Espírito não me incentivava a servir? Será que não seria boa propagadora do evangelho?
À medida que meus amigos recebiam seu chamado missionário, ficava imaginando o que o futuro me reservava. Meu aniversário de 21 anos estava aproximando-se e não conseguia deixar de pensar: “Ainda há tempo para ser entrevistada e enviar meus papéis para a missão”.
Eu estava estudando na Inglaterra quando meus pais me telefonaram. Pude ouvir minha mãe chorar enquanto me contava a notícia devastadora: Ela estava com câncer.
Um mês depois, quando voltei para casa nos Estados Unidos, nas férias de verão, minha mãe estava enfraquecida devido à quimioterapia. Comecei a ajudar nas tarefas domésticas, aprendendo a lidar com a limpeza e as refeições. Passava também horas conversando com minha mãe, com medo de que pudesse perdê-la. Descobri que lidar com o serviço doméstico é complicado, além de tomar muito tempo, e com isso comecei a apreciar mais os esforços de minha mãe ao longo dos anos. Eu mal sabia dispor os pratos na mesa.
Felizmente, os membros da ala e outras pessoas da comunidade ajudaram-nos.
O tratamento da minha mãe continuou, e ao mesmo tempo nossa família tornou-se mais unida. Minha mãe contava-nos histórias sobre sua juventude, e jogávamos muitos jogos de tabuleiro. Conversávamos sobre as escrituras. Meu pai falava comigo de seus temores bem como de seu testemunho.
Durante aquele verão, aprendi lições eternas. Eu sabia que meu lugar naquele momento era em casa com minha família. Meu testemunho cresceu ao sentir o amor do Pai Celestial durante todo aquele verão. Fortaleci minha amizade com os membros da ala que conhecia desde a infância. Minha família tornou-se mais unida, confortada pelo conhecimento de que nossos laços de família durariam até após a morte. Agradeci ao Senhor por responder a minha pergunta sobre servir em uma missão, orientando-me para que servisse minha família.
Loralee Bassett Leavitt é membro da Ala Bellevue I, Estaca Bellevue Washington.
Nota do editor: Desde o início do tratamento, a mãe da autora recuperou a saúde.

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